30 de jul. de 2009

Quando surge o Gestor?

Manter-se como organização diante das novas exigências e responsabilidades da atual conjuntura social está se tornando cada vez mais difícil; e dentro desse contexto, na busca por um posicionamento e estabilidade, as organizações de sucesso investem em profissionais qualificados e em gestores capacitados, objetivando novas competências organizacionais.

Esse comportamento se torna cada vez mais freqüente entre as organizações sem fins lucrativos, visto que aumentaram a demanda e as exigências por trabalhos mais eficazes e ações coordenadas, a fim de garantir a continuidade e a efetividade de suas atividades.

A garantia da sustentabilidade organizacional e da eficiência no gerenciamento das atividades, dependem diretamente do quanto o Gestor percebe que não só de boa vontade se mantém uma organização, e sim com uma gestão voltada para resultados e estratégias organizacionais bem definidas.

As organizações do Terceiro Setor em sua maioria surgem de um sonho, de um projeto pessoal ou de alguns idealizadores. Para exemplificação, observe a seguinte suposição: existe em um determinado bairro o caso em que a ação surge por que alguns adolescentes estão fazendo uso de droga na esquina, neste caso especifico, cheirando cola. Um morador deste bairro observa essa situação e resolve realizar alguma ação para reverter este problema, abre então a porta de sua garagem, quartinho de entulho desativado ou mesmo sua copa e inicia um trabalho para mudar a vida destes adolescentes. Com o tempo o padeiro fica sabendo do projeto que está sendo executado e começa a doar pães, o pedreiro faz aquela pequena reforma no quartinho, o pintor faz aquela pintura no domingo de manhã e assim, mais e mais pessoas contribuem para o Projeto que auxilia usuários de drogas. Com o tempo e com um número maior de contribuintes, o quartinho se torna o aluguel da casa da esquina. Mais à frente a estrutura se torna muito grande e o descontrole maior ainda diante de tantas exigências legais e de tantos novos parceiros, falta aí à gestão. Claro que o ideal daquele sujeito que sonhou um dia mudar a realidade daqueles adolescentes usuários de drogas ainda pode existir; no entanto para que tal propósito permaneça, desenvolva, cresça eis que surge o momento do gestor que, após uma avaliação contextual encontra o melhor caminho para que a organização se torne sustentável, para que haja desenvolvimento real das equipes internas e para que elas trabalhem para os resultados. Contudo, neste momento pode ocorrer o choque com a direção: "Como alguém que veio de fora, acadêmico por natureza pode querer mudar as nossas rotinas?".

Essa situação parece absurda, pela responsabilidade e pelo importante papel do gestor na organização. No entanto, com base na supracitada suposição observa-se que as organizações do terceiro setor necessitam ter acesso a ferramentas que as preparem para receber uma estrutura gerencial adequada e capacitada para que os seus objetivos sejam alcançados. Os idealizadores, sócios e diretores não foram treinados e nem mesmo imaginavam que em um dado momento, para a sobrevivência e sucesso da sua organização, necessitariam de um bom gerenciamento; afinal, a princípio a intenção era somente evitar que aqueles adolescentes usassem drogas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Saudacoes Rodrigo!

Parabens pela iniciativa e pelo conteudo!

Acredita, trabalha e confia!

Abraco fraterno
Alexandre - Xanim