Pelos cálculos de Amorim, cerca de duas mil bibliotecas devem se beneficiar diretamente com o edital. As instituições interessadas têm até hoje para se cadastrar no Sistema Nacional de Bibliotecas, por meio do site www.fn.br.
Será distribuído cartão-livro autorizando cada biblioteca a procurar o ponto de venda mais próximo e adquirir o produto que julgar conveniente para a atualização de seu acervo. “Essa mudança é significativa. Em vez de o governo mandar, vamos envolver todos os elos da cadeia produtiva”, explica Galeno Amorim.
A medida também contribuirá para o fomento da cena literária local. “Se determinado autor é mais conhecido em sua região, ele não seria escolhido no processo nacional”, observa o presidente da Fundação Biblioteca Nacional. O desejo dele é, além de fomentar os mercados regionais, contribuir para aproximar o leitor do livro.
“É fundamental pôr esse protagonismo na mão das bibliotecas e também viabilizar ações de capacitação de pessoal”, completa.
De acordo com Galeno Amorim, como o edital é o primeiro passo de programa mais amplo de incentivo à leitura, serão implementadas outras ações complementares. A Fundação Biblioteca Nacional convida para o cadastro editores e pontos de venda interessados em comercializar produtos que custem até R$ 10. “Estamos criando as condições necessárias para o envolvimento de todos da cadeia literária nas políticas públicas do governo”, conclui Galeano.
Dados do censo
De acordo com o 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado em 2009, 79% dos municípios brasileiros tinham ao menos uma biblioteca aberta. Isso equivale a cerca de 4,7 mil espaços em todo o Brasil – 3,5 mil cadastrados na Fundação Biblioteca Nacional. Quase todos funcionam de dia, de segunda a sexta-feira. Poucos abrem aos sábados e domingos.
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