4 de dez. de 2009

Terceiro setor necessita de parcerias para se fortalecer


Por Vivian Lobato

“O terceiro setor precisa se reunir e juntar forças para que sua voz seja ouvida. Parcerias intersetorias são estratégias essenciais. O setor também necessita do apoio do Estado. Na Alemanha, por exemplo, o poder público é obrigado a bancar todas as despesas de uma ONG fundada por um cidadão, pois a instituição formada está oferecendo um direito de cidadania que é dever do Estado, mas que não está sendo cumprido”.

A afirmação é do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Luis Carlos Merege, que participou da mesa Construção de Parcerias Intersetorias, promovida nesta sexta-feira (4/12) durante a ONG Brasil - Feira e Congresso Internacional para ONGs, que acontece na cidade de São Paulo (SP) até sábado (5/12).

“Somente em 2002 o Departamento de Estáticas da ONU reconheceu que o setor é uma área distinta do setor público e privado. Em 10 anos, foi uma luta para criar essa identidade. Para se fortalecer é de extrema importância as parcerias”, ressaltou.

Atualmente, existem 330 mil organizações no Brasil, que movimentam 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O setor emprega mais de 3 milhões de pessoas e conta com o apoio de mais de 12 milhões de voluntários.

Para o jornalista e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz, Gilberto Dimenstein, que também estava na mesa, as parcerias são essenciais para as organizações. O jornalista contou o caso da Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira Santos, que fica na Vila Madalena, zona oeste da cidade de São Paulo, que por causa das parcerias estabelecidas não fechou suas portas no ano passado.

“A escola ia fechar por falta de recursos, alunos e pelo grande abandono, mas conseguiu se reerguer com parcerias e instaurou uma rede de apoio”, destacou.

De acordo com o Merege, algumas características do terceiro setor ajudam na hora de estabelecer parcerias. “A capilaridade do setor é um fator muito positivo. Ele está em todas as partes que olhamos geograficamente. Está onde o Estado e a iniciativa privada nunca chegaram. É o setor da inovação no Brasil. Todas as tecnologias mais criativas nós encontramos no terceiro setor, inovando na educação, saúde, meio ambiente. O terceiro setor tem um arsenal enorme de tecnologias que devem ser difundidas e replicadas”, explicou.

Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/nekepripru.mmp

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